sábado, 27 de dezembro de 2008

Bateu na trave

Os escoceses do Glasvegas chamaram a atenção da crítica em 2007 com a música “Daddy’s Gone”, com uma levada que remetia ao grandiloquismo do The Smiths e às guitarras sujas do Jesus and Mary Chain, influências confessas da banda. Em 2008, gerada a expectativa, lançaram o CD sem título que acabou entrando na lista dos melhores do ano de algumas publicações especializadas. Não era pra tanto.

Glasvegas não corresponde às expectativas criadas pela crítica, apesar do grupo liderado por James Allan, vocalista e guitarrista, ir de encontro à linha mais melodiosa típica das bandas daquele país que fizeram sucesso no meio indie, como Belle & Sebastian. Também não chegam ao exercício experimentalista de outro conterrâneo, o excelente Mogwai. O grupo, que conta ainda com Rab Allan (guitarra e backing vocal), Caroline McKay (bateria) e Paul Donoghue (baixo), prefere a praia revivalista.

E nesse revivalismo há ecos de guitarras menos comportadas(olha o Jesus and Mary Chain aí, gente) em contraponto a uma bateria marcadinha e careta. O contraponto torna-se interessante em composições como “Geraldine”, música de trabalho do disco, mas acaba cansando pela repetição. Um certo gosto pelo rock bubblegum dos anos 50 e 60 impera em músicas como “It's my own cheating heart tha” e “Polmont on my mind”.

Melhor mesmo é ficar com as climáticas “Flowers e Football Tops” e “Go Sguare Go”, marcadas por cordas tensas, e a linda balada “Ice Cream Van”. Com seu debut, o Glasvegas não disse ainda a que veio, mas há aqui sinais de que essa banda pode fazer ainda um disco vigoroso. É esperar.

Vá de:

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Cotação: 3

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