
O longa-metragem de aventura é o que popularmente pode se chamar de um produto “meia boca”. Um dos grandes problemas do filme é carregar nas cores dramáticas em uma história que já tem, como agravante, um roteiro capenga. O cinismo de Wolverine (Hugh Jackman) vai perdendo a força já no moralismo das primeiras cenas, quando ele e o irmão Victor (Liev Schreiber), se desentendem pelo herói não aceitar os métodos virulentos do tresloucado parente de sangue.

Tudo bem que o Wolverine ácido só surge mais claramente – na história em quadrinhos – depois que o herói perde a memória. Mas que esse lado mais cínico faz falta no filme, faz sim. Até o próprio Jackman, pela terceira vez na pele de Logan, parece diminuído nessa sua cruzada moral.
A frustrada história de amor é explicitamente mal engendrada no roteiro, que tem a assinatura da dupla David Benioff e Skip Woods. Meia boca também é a inclusão de um bando de mutantes, muitos deles futuros X-Men, como um jovem Scott, que surgem do nada para fazerem absolutamente nada no longa de ficção. A valorização da vingança de Logan, e sua fúria animal, por sua vez, parece cair no vazio quando ele dá de cara com a dura verdade.

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