
Tudo bem que Ben Goldwasser e Andrew Van Wyngarden, os pais da criança, até que se esforçaram para fazer um mix envolvente de electro-rock e psicodelia, com clara inspiração nos anos 60 e 70 e na art noise. Trouxeram toda a carga de referências apreendidas no curso de arte da universidade de Connecticut(EUA), onde se conheceram. Mas, o resultado é, no meu humilde entendimento, uma música pretensiosa que muitas vezes beira ao chato.
O duo, que virou hype (perdão por essa encardida expressão) entre a moçada cabeça das universidades norte-americanas, abusam de sintetizadores em suas criações, encharcando sua estréia fonográfica de um cansativo clima retrô. E até que eles começam bem com "4th Dimensional Transition", com sua bateria hipnótica e levada psicodélica. Mas, depois, tudo soa meio repetitivo, apesar dos arranjos poucos convencionais e bem engrenados. Mas, se sobram técnica e experimentação, falta alma em Oracular Spectacular, que dá o ar da graça na boa e reconfortante "Weekend Wars".
De boas intenções, já sabemos, o inferno está cheio. Mas eu, do alto da minha irremovível crença na humanidade e sua força renovadora, acredito que o MGMT ainda possa um dia conquistar o coração dos ouvintes pensantes. Potencial, o grupo tem. E afinal, não tenham dúvida, a antena do meu amigo Wagner é muito poderosa.
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Cotação: 2