O último do novaiorquino Mould é cheio de bons achados em sua simplicidade. Arranjos eficientes e canções inspiradas fazem de Life and Times um feliz exemplar de coesão sonora. Tudo está aqui na medida certa.
O álbum tem criações roqueiras pops feitas pra dançar, com um gostinho, de leve, dos anos 90, como as bacaninhas “City Lights(Days go by)”, “Mm 17” e “The Breach”, com bom solos de guitarra e um discreto teclado criando clima para a pista. Mais acelerada e compulsiva, “Argos” traz uma energia como não se via no artista já há algum tempo. Um pouco mais calma, “Life and Times” chega a lembrar a cena grunge com o peso das cordas e o vocal urgente do artista.Vire o disco e encontramos o compositor e guitarrista Bob Mould ainda melhor, assinando baladas arrebatadoras, sem açúcar e com muito afeto. Destaque para pelo menos duas obras-primas do artista, a inebriante “Bad Blood Better”, que começa com acordes de violinos dissonantes e emenda numa melodia deliciosa, que abre espaço generoso para uma guitarra lancinante. A outra é a sensual “Wasted World”, com tocante interpretação de Mould que parece destoar do instrumental no refrão um tanto barulhento, mas que, no fim das contas, soa totalmente adequado à composição. Vale ainda citar “Spiraling Down”, que remete a Pearl Jam em seus melhores momentos. Rock dos bons.
Cotação: 5
Não pense duas vezes e vá:
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