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Talvez por isso tenham virado a sensação do momento entre aqueles mais modernos e antenados, que vivem intensamente a liberalidade que os novos padrões comportamentais possibilitaram e respiram a forte maresia criada pelo up grade tecnológico produzido nos últimos anos. Cidadãos desse admirável mundo novo. Questão mesmo de identidade de discurso e de vivência cotidiana. Os quatro integrantes, com idade próxima dos 20 anos, fizeram da estréia, XX(2009) uma espécie de carta de apresentação singela, repleta de letras sensuais e sobre relacionamentos amorosos, tudo com uma levada elegante, minimalista que caiu no gosto da crítica.

Para seduzir os corações, os quatro ingleses, dois homens e duas mulheres, amparam-se em uma linha de baixo e guitarra simples e repetitiva. O dedilhado cool acompanha boa parte das composições como na grudenta "Crystalised", com introdução climática das cordas, que lembra a ótima banda Interpol, e um refrão de singelo lalalaiá que fica lálalaiá rodopiando, insistente, em sua cabeça. Utilizam-se ainda de uma boa solução vocal, no duo de uma voz masculina e feminina, respectivamente a do baixista Oliver Sim, mais soturna, e a da guitarrista Romy Croft, bem Lolita, num instigante contraste.

Com seu debut, The xx não inventou a roda, mas foram espertos o suficiente para criar um disco que conversa com um público mais sensível. Usam e abusam do intimismo e dessa coisa que mexem com todos, que é a sensualidade. E com talento na elaboração de melodias que beiram o pop, sem perder de vista platéias mais exigentes. Resta saber se o hype vai deixar de ser momentâneo e se configurar, lá na frente, em um som mais perene. Inteligência para isso, a molecada mostrou que tem de sobra.
Cotação: 4
O xx da questão:
http://www.mediafire.com/download.php?k0nonzjnmnm