Eis mais um fim de ano, e, antes que o mundo acabe ou
acabemos com ele, escrevo minha tradicional lista dos melhores álbuns que ouvi
neste estranho 2012. Começando com a lista dos gringos. Musicalmente, nada me
provocou espasmos de tesão e olhe que sempre fico esperançoso com essa
possibilidade, já que acredito na criatividade e inventividade dos homens. Mas,
que minha estúpida memória aponte-me , nenhuma novidade fez vibrar os sentidos. Talvez, mea culpa,
por ter ouvidos menos discos que gostaria nesse ano de eleições e por ter
tomado decisões radicas em minha vida. É que, às vezes, somos escravos das
contingências e nos deixamos levar, burramente passivos, por elas. Mas, na
minha lista pessoal de audição ficou o rastro do retorno triunfal de algumas
lendas da música, como os castigados pelo tempo, mas fustigados pela arte, Leonard Cohen e Bobby
Womack(foto). Os velhinhos mandaram bem. Na lista dos melhores das revistas
especializadas em música mais renomadas, estão ainda os álbuns mais recentes de
outros dinossauros como o xerife Bruce
Springsteen e os bardos Bob Dylan
e Neil Young , reforçando o rol da
"volta dos que não foram". Infelizmente, esses aí ainda não ouvi.
Segue assim minha claudicante e falha lista dos melhores CDs internacionais do
ano. Promete aos meus ralos leitores melhores em 2013. Que ele seja cheio de
música para todos.
Old Ideas, Leonard Cohen - As velhas idéias, quando
boas, sempre causam impacto e reconforto. Aos 77 anos, o autor de "Suzanne" e "Hallelujah",
entre tantos outros clássicos do cancioneiro rocker, brindou os fãs com um álbum
espetacular, denso e intenso, daqueles de ouvir de joelhos. Um verdadeiro
acontecimento.Fique mais perto de Cohen: http://www.leonardcohen.com/
The Bravest Man in
the Universe, Bobby Womack -
Outro sobrevivente da música mostrando que preservou o talento apesar do peso
de seus 68 anos e do consumo desvairado de muitas drogas. O disco é de uma
sinceridade desconcertante. A voz rouca do cantor, as canções confessionais, os
arranjos inteligências, tudo isso faz do álbum uma tardia obra-prima.
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Moms, Menomena - A banda de Portland, EUA,
exercita sua sonoridade esperta e próxima do experimental dessa vez rondando a
simplicidade. Esses insatisfeitos de carteirinha aproximam-se do pop, mas nem
tanto, mantendo aquela estranheza e beleza que ajudou a criar fãs em todo o
mundo. Afiada, Menomena ofereceu-nos
um prato raro pra degustação.
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Heaven, The Walkmen - Essa é uma das bandas
indies mais queridas do planeta. Provavelmente por sua constância e qualidade
musical. O trabalho de 2012, o sétimo da carreira, é um refino da arte melódica
e hipnótica dessa consistente galera. "We
Can't Be Beat" e "Southern Heart" são apenas dois exemplos de um
jeito manso de conquistar o mundo.
Conheça Heaven:http://rapidgator.net/file/31719326/www.NewAlbumReleases.net_The_Walkmen_-_Heaven_%282012%29_FLAC.rar.html
Coexist, The XX - O som do duo deixou
de ser novidade. Meio que se repete a qualidade do primeiro e excelente álbum.
Sem problemas. Sensualidade e delicadeza pouca é bobagem para essa dupla que
toca nossos corações e sexo com muita habilidade. Massagem profissional feita
nos ouvidos, o segundo trabalho do The
XX é elegância pura.
Adventures in your Own Backyard, Patrick
Watson - Esse foi o disco que mais me acalmou em horas de estresses
enervantes. Delicado e sutil, o álbum desacelera a alma e nos deixa enlevados,
a ver estrelas. O canadense Watson
continua a linhagem, num tom abaixo mas poético do mesmo jeito, de gente como Leonard Cohen e Joni Mitchell. De cabeceira.
Tá esperando
o que?:http://rapidgator.net/file/15018328/www.NewAlbumReleases.net_Patrick_Watson_-_Adventures_In_Your_Own_Backyard_%282012%29_FLAC.rar.html
Nootropics, Lower Dens - Logo de cara,
"Alfhabet Song", a primeira canção do álbum, deixa a gente
ensimesmado. Com ecos de Radiohead,
a música entrega uma banda viajandona e cheia de bons achados. Com muitos
detalhes e alguma dose de experimentalismo, o segundo trabalho do Lower Dens foi para mim, uma das boas
surpresas do ano. Vale ouvir.
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The Shallows, iLiKETRAiNS - A banda
inglesa, já recorrente nas rodas indies, retornou com um disco que junta
batidas eletrônicas e cordas de uma maneira tão ensolarada que é difícil não se
prender instantaneamente à obra. É uma retomada em nova fase, vigorosa e
competente, desse ótimo grupo. Não é música fácil, mas recompensa o ouvinte que
tente explorá-la.
Vá lá:http://depositfiles.com/files/ql3sfrpew?redirect
Celebration Rock, Japandroids - O álbum é o
que o seu título sugere, uma celebração do rock. Ligeiro, urgente, é um disco
roqueiro por excelência, desses que todos anos surgem para incendiar pistas. Poucas
notas , poucos minutos de duração e muita energia. A guitarra e as vozes nervosas
de Brian King e David Prowse, a dupla barulhenta de Vancouver, garantem um disco
super alto astral.
The Idler Wheel is Wiser than
the Driver of the Screw and Whipping Cords will Serve you more than Ropes will
Ever do, Fiona Apple - Desde Tidal(1996), tenho uma queda por Fiona Apple. Como uma Suzanne
Vega enlouquecida, a cantora sempre destilou sua agridoce poesia em melodias
pungentes. Depois de algumas derrapadas, ela voltou lúcida e incandescente
neste álbum de título quilométrico, como quilométrica é a beleza do mesmo.
Fiona sem Schrek: http://depositfiles.com/files/ftutzq9hz






