Estou fazendo campanha política. Esse fazer tem um peso e comprometimento descomunais. É como entrar num tobogã gigantesco eivado de curvas e emoções inesperadas. De ondas desencontradas de sentimentos afoitos. Raiva, prazer, ódio e sapos engolidos, sapos vomitados. E aqueles bastidores, o melhor da festa, onde tudo acontece. E tudo aquilo que vale a pena: a alegria de um projeto realizado, os personagens animados que vestem a camisa, estufam o peito e saem agitando bandeiras mal impressas. O testemunhal do sinhozinho daquele bairro pobre, esparramando honestidade em cada frase construída. E o brilho intenso no olhar de quem realmente se entrega ao debulhar inclemente da câmera de vídeo. E aquilo que faz pensar se realmente vale a pena: gente com choro represado e outros com choro solto rendidos a pressão das horas. As horas que passam lentas e que desafiam o sono, que não pode chegar. A briga contra o cansaço que namora a cama morna que vira nuvem que abraça o guerreiro morno. Noites não dormidas, noites mal dormidas. Mas, no fim, tem aquele amanhecer iluminado contaminando a esperança de que tudo termine bem naquele dia para que a alma se refestele, lá na frente, nos braços da vitória. Ah, campanha política. Dói, mas é uma delícia.
P.S.: Diante desse quadro, este todoouvido faz uma pausa de alguns meses. Todo ouvido agora só para jingles políticos e discursos nos palanques. Até mais ver. Enquanto isso, ouça tulipa.
Este blog é uma manifestação de amor à música. Não tem caráter comercial, mas apenas o de compartilhar um gosto pessoal por grupos, bandas e artistas de todo o mundo. A idéia não é detonar a indústria fonográfica, como alguns blogueiros acreditam que possam fazer ao postar discos. Sugiro que esse blog sirva como mera pesquisa e, se gostar dos trabalhos comentados, procure comprar. É um mimo que você faz ao artista.
As cores da festa
Fantasiaram o Centro Cultural Casa de Taipa para a sua festa de aniversário de um ano. Tanto verde e amarelo tornaram nossa paixão pela cultura ainda mais vibrante.
Verão
As pranchas apontam o caminho do sol. Alegria refletida na areia, Verão pra não mais esquecer. Natal, dezembro de 2011.
Rio na boa
Rio da vida, que não ri de mim. Rio porque sei que assim eu sei que vivo melhor. Porque tudo o mais se ilumina em minha volta. Rio pra te fazer feliz. Catingueira - Sobradinho - DF - Brasil. Outubro de 2011
Lavrado iluminado
Um arco-iris no meio do lavrado e um fim de tarde banhado de luz. As vezes, a visão do paraíso está mais perto do que imaginamos. Mucajaí-RR. Agosto de 2011.
Missa do Vaqueiro
O vaqueiro do sertão nordestino, seco e encouraçado, carrega uma fé ardente como o sol que o incandeia. Exemplar de bravura que o Brasil precisa conhecer melhor. Suas missas em cidades do interior são rituais a parte. Meu amigo Flávio Aquino clicou esse momento mágico em Piranhas(AL), numa de suas muitas viagem Nordeste profundo adentro. Roubei essa de seu álbum no Facebook.