sábado, 31 de maio de 2008

Sem sair do quintal

My Morning Jacket é um patrimônio do rock alternativo. Nunca chegaram a fazer grande sucesso, mas se mantiveram incólumes e respeitados no coração dos fãs mais tradicionais do gênero graças ao seu country rock honesto. Durante dez anos, completados em 2008, a banda foi fiel ao som com cores setentistas, sem se bandear para novidades e “mudernices”. Ou seja, nos 4 anos produzidos naquele período os caipiras norte-americanos do Kentucky não esqueceram suas raízes.

Em Evil Urges(2008), o quinto da carreira e com lançamento previsto para o início de junho, o grupo tenta até sair do quintal do country rock, como em "Highly Suspicious”, com toques tímidos de eletrônica. Mas, essas experiências não tiram os rapazes do velho caminho. A tradição fala mais alto em "I'm Amazed", direto da fonte roqueira que os tornaram queridinhos no mundo alternativo, na boa "Thank You Too" e na excelente "Sec Walkin", com guitarra lânguida e delicioso coral feminino gospel.

Os temas também são recorrentes: amor, inocência e um cotidiano sem asperezas e filosofismo. E no tom normal, sem o falsete que emprega em algumas canções que canta ao lado dos companheiros do grupo, a voz de Jim, comparada em seu eco caipira ao registro de Neil Young, só trazem a tona impressões daquele mundo rural norte-americano distante da ansiedade e do corre-corre das grandes metrópoles. Vide as belas baladas “Librarian” e “Look at You”. Com um som explicitamente ianque, o álbum se destaca pela singeleza e poética. Para ouvir sem preconceitos.

As opções para esse passeio country rock:

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ou

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Cotação: 3

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Duo descarado

A banda The Indelicates tem sido bastante comentada nos blogs afetos ao indie rock. O nome da banda já me interessou de cara. É provocativo como o som proposto pelo duo inglês formado por Simon Clayton e Julia Clark-Lowes, ex-Pippetes. Já se imaginou você se autodenominado de “indelicado”? Mas, no fundo é o que são os dois ingleses nas letras sarcásticas e cheias de referência ao mundo efusivo dos rockstars, como em “Heroin” e “We Hate the Kids”, presentes em American Demo(2008).

O som de estréia da banda é considerado por muitos como indie rock. Mas, vai além disso, fugindo de enquadramentos mais caretas. É que os indelicados atiram para muitos lados. Tem desde o indie puro, com melodias alegrias, como em “Our Daughters will Never be Free” e “Julia We don’t Live in the 60’s”, até o rock desencanado e dançante de "The Last Significant Statement to Be Made in Rock 'n' Roll", passando pela mais hard “America”, com seu refrão ganchudo, e a delicadeza art-rock de "New Art for the People", com maravilhosa melodia.

Essa infidelidade a um gênero musical não tira, como poderia ter acontecido, a organicidade do trabalho. E isso é ajudado pela opção do duo de cantar parte das canções separadamente (em algumas delas exercitam um dueto), reforçando a graciosa diversidade sonora de American Demo, com destaque para a afinação de Julia. Sem querer ser indelicado, essa dupla, com suas melodias inteligentes e atitude musical, bota pra f...

Parta pra cima:

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ou

Anestésico sonoro

Ketamine, ou cetamina, é um poderoso anestésico que já foi usado como droga alucinógeno por jovens num período da história americana. Uma irresponsável experimentação de químicos, diga-se de passagem. Lag, por sua vez, é como é conhecido um pequeno “pau”(por favor, nada a ver com a genética japonesa) que deixa os computadores mais lentos e com conexão oscilante. As duas expressões em questões tem a ver um pouco com o projeto solo Katamine e seu primeiro CD, Lag(2005), que ouvi recentemente e resolvi apresentar para meus parcos leitores.

Katamine é uma proposta musical de um israelense chamado Assaf Tiger, que diz fazer um “noise acústico”. Isso se traduz, na realidade e sem viagens umbigo adentro, em um folk acústico bem climático e minimalista. Algo parecido com o que fez, guardando as devidas proporções, Nick Drake e Ellioth Smith, este com o qual Assaf chegou a trabalhar junto. A diferença é que em Tag, violões e guitarras acústicas são mais soturnas e cerebrais como na tristíssima “No Wonder We’re Damaged” e na bela “Junior Buddha”.

Mas, o estranho mundo de Assaf abre espaço para clareiras como na mais roqueira “Pulse Song” e na lírica “Someone Came Around”, com violão arrebatador(sim, o cara também toca muito, além de mandar bem como compositor). O folk carregado do israelense é bom para relaxar e viajar, uma incursão na placidez sem provocar estupefação. Música anestésica como o ketamine e introspectiva na medida da compreensão geral que vai além do imaginário do artista.

Folke-se quem puder:

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Cotação: 3

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Rock como prato principal

Muita gente torceu o nariz para este Momofuku(2008), o novo álbum de Elvis Costello, acompanhado dos bons companheiros da excelente banda de apoio The Imposters. Tudo porque ele se desviou daquela linha mais clean e intelectual que marcaram alguns álbuns de sua versátil carreira: coisas do tipo gravar canções eruditas com o camerístico The Brodsky Quartet(The Juliet Letters - 1993), com o romântico maestro Burt Bacharach (Painted from Memory - 1998) ou, mais recentemente com o pianista e compositor Allen Toussaint(The River in Reverse - 2006). Tudo bem que todos esses são ótimos álbuns, mas eu já estava com saudade dos tempos de Costello mais rocker e raivoso dos bem legais My Aim is True(1977) e This Year’s Model (1978).

E rock and roll é o suculento prato principal de Momofuku. O rock de arena “Go Away” é descaradamente básico, com tecladinho à la anos 70 e guitarra pulsante. E o bom e velho ritmo continua comendo solto na primeira parte do álbum com a animada “No Hiding Place” e a excelente “American Gangster Time”, com instrumental despachado e vibrante. Mais adiante, Costello ataca com um som mais pesado na fantástica “Stela Hurt”, um dos pontos altos do trabalho. Mas, para quem prefere o cantor da fase mais cool, ele adoça os ouvidos com a linda "Flutter and Wow", a jazzística "Mr. Feathers" e a balada sensual "Harry Worth".

Pena que Costello não chutou o balde de vez atacando somente com seu rock matreiro e disfarçadamente despretensioso. Mas, essa cafungada no passado já faz desse um disco raro, delicioso e potente. Elvis é f...

Tente:

http://www.mediafire.com/?0j3jgwrjhum

Cotação: 4

Caminho torto

É sempre bom se deparar com bandas que buscam um caminho diferente para o rock'n roll. Os norte-americanos do Colour Revolt enveredam-se por uma trilha tortuosa, um post-grunge repleto de guitarras sujas e melodias com andamento diferenciado que não foram feitas agradar o gosto médio dos ouvintes. É o que está explícito no primeiro álbum dos caras, o interessante Plunder, Beg and Curse(2008)

“Naked and Red”, a primeira música do disco, já é sintomática. Com guitarras pesadas, bateria acelerada, a composição começa mais palatável para terminar numa apoteose raivosa do vocalista e dos instrumentos. O restante do álbum radicaliza um pouco mais em sua irruquieta excursão sonora. É recheado de tensões e distensões, com muitas cordas distorcidas e um certo inconformismo musical, o que dificulta a classificação de Plunder, Beg and Curse e o torna um trabalho que exige várias audições para se situar na mente da galera.

Não raro, os andamentos das músicas, a princípio convencionais, acabam surpreendendo lá na frente, como em “A Siren”, uma das melhores do disco, um indie mais suave que se transfigura numa canção gritada e explosiva e na não menos irrequieta “Swamp”. Em outros momentos, como em “Elegant View” e “Ageless Everytime”, o grupo se utiliza de um ritmo mais low-fi e com instrumentação dissonante para criar um clima de desolação, estranheza e desespero. Esses meninos, tenham certeza, têm algo a dizer.

Vejam se vocês concordam:

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Cotação: 4

terça-feira, 27 de maio de 2008

Combustível para a alegria

A impressão que eu tenho das pouquíssimas bandas suecas que conheço é de que aquela galera vive num mar de rosa. E vai ver que, num país com uma elevada renda per capta, pode até ser que essa sensação não esteja muito longe da realidade. Mas, tal sentimento me vem, sobretudo, pelo som alegre e ensolarado de grupos como a adorável e subestimada The Cardigans e agora deste Pacific!

A quase dance “Number One”, música de trabalho de Reveries(2008), debut dos suecos, já anuncia a disposição dessa moçada de animar o ouvinte. Pra cima, do começo ao fim, o álbum passeia, sem medo de ser feliz, entre o dance, o synth-pop e o indie-pop. “Disappear” é um electro envolvente com direito até a castanhola no refrão. “Sunset Boulevard” é trilha sonora perfeita para manhãs ensolaradas, com sua elevada carga romântica e incurável, entendam, “brejeirice”.

Já “Runaway to Elsewhere” é uma música instrumental que aproximam Pacific! dos franceses do Air, com quem são muitas vezes comparados. Mas, não levem essa identificação muito a sério. A banda aqui em questão é menos densa e pretensiosa, apostando numa levada mais lúdica, como pode ser percebida na deliciosa “Hold Me”, um indie-pop-descarado.

Nem pensem em Pacific! para animar granes festas racha-assoalhos, mas, com certeza, o bom som que fazem cabe muito bem numa reunião como um belo combustível para um desejado e delicioso encontro alto astral entre amigos. Bem legal!

Ponto pacífico para a alegria:

http://www.mediafire.com/?iwyocgrd1m7

Cotação: 4

segunda-feira, 26 de maio de 2008

No meio do caminho

Eles já foram anunciados como a promessa britânica de 2007 pelos críticos musicais da ilha. Com o álbum Wait for Me apenas bateram no travessão, mas demonstraram um frescor, na linha de Franz Ferdinand, Strokes e Kaiser Chiefs, que fizeram com que conquistassem muitos fãs no velho continente. Do lado de cá, neste terceiro mundim, o debut da banda The Pigeon Detectives também me impressionou.

Faltava o famoso segundo álbum para confirmarem o talento. Mas, Emergency(2008), com lançamento mundial marcado para este 26 de maio de 2008, não veio com o gás ensaiado por esses ingleses aloprados em sua estréia. Uma pena. Mas, mesmo assim não é um álbum de se jogar fora. Há boas idéias e uma jovialidade que valem ser citadas.

Mais bem produzido que o primeiro trabalho da turma, Emergency até que abre empolgante. “This is an Emergency” traz guitarras vibrantes e andamento que faz os pezinhos baterem irrrequietos no chão. Strokeniana e boa de pista, a segunda música, “I’m Not Gonna Take This” parece anunciar um disco coeso e matador.

Contudo, a alegria e eletricidade se perde entre uma ou outra balada sem graça, como é o caso de “Nothing to Do with Tou”. O bom pique e inspiração retornam mais tarde com "Love you for a Day(Hate you for a Week)", uma das melhores do discos. A sensação final, contudo, é que sem os brilhos dos congêneres citados no primeiro parágrafo, os “pombos detetives” precisam abrir mais as asas para alçar um vôo realmente convincente.

Dito isso, experimente:

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Cotação: 3

Discurso afiado

Sempre admirei André Abujamra. Principalmente porque há nele uma grandeza de coração e princípios traduzidos, em sua música, no desejo de ver um mundo sem preconceitos e mais tolerante. A universalidade e a defesa de um mundo solidário, de pessoas que se entendam como irmãos, independentemente de cor, língua e religiões, estão presentes em seus trabalhos desde o tempo do saudoso Karnak, banda emblemática e que marcou o circuito alternativo na década passada.

Depois do fim do Karnak, Abujamra lançou o ótimo O Infinito de Pé(2004) e agora, de forma independente, um álbum de nome esquisito: Retransformafrikando(2008). Neste último, ele carrega as mesmas preocupações éticas e estéticas. Estão aqui o bom humor de sempre e o texto direto, como em “Pangea”, em que ele lembra, para expurgar as diferenças, que a terra era um grande continente colado : “Angola, Senegal, coladinho no Candeal”, brinca. África em nós retransformada.

No álbum, Abujamra continua buscando referências da música do planeta. Há sons indianos, como na provocativa “Melhor é Menor”; há tambores e vozes africanas que remetem ao grupo vocal Ladysmith Black Mambazo, que Paul Simon fez conhecido em todo planeta no disco Graceland. Enfim, uma miscigenação muito própria de estilos, culturas e homenagens como em “Babaloo”, na qual cita o hit da nossa Ângela Maria, que torna o trabalho uma salada sensorial.

Homem do Brasil. Homem do mundo. Esse é Abujamra. E se Retransformafrikando não tem o vigor de seu álbum solo anterior, ainda assim é uma obra para se ouvir com atenção. Afinal, pode ter certeza, com aquele bom paulista você sempre aprende algo.

Retransformafrique-se:

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Cotação: 3

sábado, 24 de maio de 2008

Lirismo acachapante

O Canadá é um país com tradição de bons cantores e compositores. Dos mestres Joni Mitchell e Leonard Cohen, até as revelações de gerações mais novas, como Rufus Wainwright(filho de pais canadenses), de quando em vez o mundo é surpreendido com um talento incandescente daquele canto do planeta. É dessa linhagem que despontou Gregory Hoskins, um intérprete e criador que me impressionou profundamente. Para o bem, é claro.

Pouco conhecido até nas rodinhas dos mais antenados, Hoskins acaba de lançar Alone In the Mayor’s House…Almost (2008), disco que pesquei em um blog bem legal intitulado “Lúcio Papeiro – Sensata”(www.luisxarope.blogspot.com), que passou a figurar entre os meus favoritos. Passional e confessional, o álbum – terceiro do cara lançado pelo selo Candyrat - me ganhou pelo acachapante lirismo das composições e a bela e afinada voz do cantor, de raro registro, que não deixa a dever ao já citado aqui Rufus.

O disco foi gravado numa casa secular em Ontário, a mansão do prefeito do título, em apenas três dias. E o clima da bucólica casa parece ter contagiado Hoskins. Intencionalmente acústico, o trabalho já me pegou de cara com a linda “Never a Stranger Kiss”, de cadência sensual reforçado pelo correto violão do cantor, e conquistou de vez com a intensa “Bittersweet” e a deliciosa “Beautiful Parade”, que remonta aos bons momentos da conterrânea Mitchell. Um álbum “cool” e sensível que o site do Lúcio traduziu mais brasileiramente como “bacanérrimo”. Concordo, amigo. Valeu pela indicação.

Encante-se:

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Cotação: 5

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Sem Hoon, mas com rumo

Quando eu soube da volta do Blind Melon, banda californiana responsável por dois grandes discos em meados da década passada, fiquei temeroso. Pensei de cara em como o grupo voltaria depois da morte do vocalista Shanoon Hoon, vítima de overdose de cocaína depois da gravação do segundo trabalho da banda, o ótimo Soup(1995). Tudo bem que os bons guitarristas Christopher Thorn e Rogers Stevens, o batera Glen Graham e o baixista Brad Smith estavam aí para responder pelo retorno treze anos depois da separação.A novidade era o vocalista Travis Warren, que também toca violão.

Conecei a ouvir o disco For my Friends(2008) e as duas primeiras músicas só frustraram minhas expectativas de um trabalho que pudesse lembrar ao menos de longe uma das boas bandas da década de 90. Estava claro, já nos primeiros acordes de “Wishing Well” a intenção do grupo de tentar continuar onde parou. Mas, o vocal de Warren pendulando entre o registro suave e o mais rouco, lembrando às vezes um Perry Farrel, do Jane’s Addiction, dopado, nos faz ter saudade de Hoon do primeiro disco (“Blind Mllon, de 1992, que reouvi saudoso esses dias), antes dele se entupir de drogas.

Mas, como a esperança é a última que morre, segui ouvindo For my Friends. E, para minha grata surpresa, a banda mostrou vigor e inspiração inesperadamente nas músicas mais lentas, na contradança dos discos básicos da galera que apostavam num rockão mais pesado e sem firulas na linha de Grateful Dead. Do meio para diante, a bela “Last Laugh”, com bons solos de guitarras, e as excelentes “Tumblin Down”, com um diálogo entre teclado e guitarras bem legal, e “Sometimes”, com refrão matador, valem o disco.

Ah, observem como o álbum abre espaço generoso para as guitarras, característica indelével da banda. Sem mais delongas, vá:

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ou

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Cotação: 3

Cabeçudos desafiadores

Nossos pobres ouvidos não estão muito acostumados a experimentações sonoras. Esse universo musical, infelizmente, fica restrito a um público que tem uma bagagem que passa, só como exemplos, pela erudição de Bach e Bruckner e a modernidade de Bartok e John Cage. Os europeus, com sua milenar história, não estranham os exercícios pouco convencionais que alguns grupos do post-rock(expressão ussada para tudo que se faz de esquisito nessa área) realizam.

Uma banda emblemática desse segmento é a dinamarquesa Efterklang. Esse coletivo cabeçudo nascido criado em Copenhaguen, lançaram recentemente o álbum Parades(2007), o terceiro da carreira. É um trabalho denso, para ouvidos que gostam de um bom desafio. Ai você pensa: a tradução disso é mais um disco chato de doer. Na verdade, a audição desse trabalho depende de uma boa dose de paciência.

Com muita calma você poderá sentir a beleza de Parades. São onze canções etéreas, viajandonas, camerísticas. O coletivo está sempre acompanhado de instrumentos poucos usuais no mundo pop, como cello, trompete, violinos, tambores para criar uma cama sonora que ousa nas tonalidades e arranjos para chegara uma música espiritual, quase celestial. Para isso, se apóiam ainda em camadas de coros com vozes masculinas e femininas bem departamentalizadas e que fazem de músicas de nomes diferentes como “Frida Found a Friend”, “Him Poe Poe” e “Mimeo” pequenos pérolas.

Para começar de leve, vá primeiro de “Cutting Ice to Snow” e “Polygyne”. Músicas delicadas para se elevar.

Desafie-se:

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Cotação: 3

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Energético global

Nos primeiros anos deste século quatro das bandas que eu mais escutava eram Asian Dub Foundation, Orishas, Rage Against the Machine e Nação Zumbi. As três primeiras vieram para animar nosso indigente mercado, refém das gravadoras que, na maioria das vezes, apostavam em agrupamentos medíocres e mais comerciais. Não era o caso, obviamente daqueles grupos que tinham em comum o mix de estilos, com um pé fincado na tradição e o outro na revolução. Globalização musical de responsa que não saía do meu aparelho.

Um deles, o ADF, acaba de lançar Punkara(2008). Nada de muito diferente do que o combo já fez até agora, mas ainda assim um álbum acima da média e com o vigor típico daquela galera. Estão lá as letras politizadas, os instrumentos indianos que caracterizam bem o som, como cítaras e flautas, a influência do punk, do ragga e da eletrônica. Tudo muito bem dosado, mas sem a inspiração dos dois, para mim, melhores trabalhos da banda: Rafi’s Revenge(1998) e Community Music(2000).

Apesar disso há o brilho sonoro do bom e velho ADF em composições como “Superpower”, com a clássica forma de cantar indiano, que lembra um lamento, abrindo a música, na mais pesada “Target Practice”, com sua guitarra raivosa, e, principalmente, na irresistível e dançante “Burning Fence”, com o ragga comendo solto, e no quase reggae “Ease up Caesar”, com sua levada mais pop e refrescante.

Ouça com atenção ainda “S.O.C.A”, um bacanudo instrumental que, num certo momento tem uma leve semelhança com a guitarrada paraense e o carimbó, num desses crossovers que este mundo, vasto mundo, deliciosamente permite. Sou suspeito pra falar de Asian Dub Foundation, mas como fã de carteirinha, aprovei o disco. Esse sound system é f...

Aí Krebão, vê o que você, fã confesso que nem eu daquela moçada, acha:

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ou:

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Cotação: 3

Camille Camille

Minha amiga Leilane, que tem a elogiável sede de descobertas musicais, já havia me alertado sobre uma cantora francesa chamada Camille. Me deu inclusive uns exemplares de composições da moça para que eu ouvisse. E me surpreendi com a qualidade do que foi apresentado aos meus também insaciáveis ouvidos. Muito boa essa parisiense, pensei cá com meus botões. Pois, a impressão positiva se confirmou no complexo Music Hole(2008), terceiro de inéditas dessa irrequieta artista.

Camille é compositora da maioria das músicas que canta. Destemida criadora. Em Music Hole, o que se vê é música de vanguarda, sem os excessos e chatices que costumam delinear este segmento. Ousada e corajosa, a bela francesinha segue o rastro deixado pelo anterior Le Fil(2005). Com ela, pensamos: o que pode a voz humana?

Music Hole é um playground sonoro, onde Camille experimenta com muito talento e sensibilidade a extensão de sua voz, muitas vezes sobrepostas, e com a colaboração de coros afinados. Os ousados arranjos vocais são privilegiados a ponto de alguns vezes você não perceber os instrumentos, quase sempre minimalistas e coadjuvantes nessa história toda.

Não é um disco fácil este, mas uma audição mais cuidadosa fará com que o ouvinte perceba toda a delícia do que é proposto pela artista, como um, desculpem o lugar comum, bom vinho que é degustado com vagar e muito prazer. Destaque para “Gospel with no Lords” na qual mistura sua língua pátria com o inglês, que aliás é a base do álbum; “Cats and Dogs”, onde ludicamente permeia uma bela melodia com sons imitando a bicharada, experimentalismo que lembra, em alguns momentos, a grande Kate Bush; e a linda “The Monk”, sem letra e que mostra todo o alcance vocal da cantora. Por tudo isso, só tenho que agradecer: valeu pela dica, queridíssima Leilane.

P.S.: Reparem Também no samba torto que é “Canards Sauvages”, que conta com a participação especial dos brasileiros do Barbatuques, que fazem som com batidas no próprio corpo.

Experimente e não desista na primeira audição:

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Cotação: 4

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Acertos aos montes

Confesso que nunca tinha ouvido falar na banda The Black Keys e muito menos que eles já tinham quatro CDs nas costas antes de lançar este Attack & Release(2008). Até porque ela nunca foi apresentada oficialmente no Brasil e também porque sempre esteve correndo por fora dos "hypes" (olha a palavrinha chata de novo!) roqueiros, a exemplo dos estilos nu metal, emocore e electro-rock da vida entre outras “novidades”.

Não sei se nos álbuns anteriores, o duo Dan Auerbach(voz e guitarra) e Patrick Carney(bateria) exercitou a mesma levada de som retrô que os aproximam de Led Zeppelin e, lembrando nomes mais recentes, The Black Crowes e Kings of Leon. O fato é que, em Attack & Release, esses norte-americanos de Ohio fazem um rock-blues competente e de alta voltagem.

Essa competência se deve em parte ao vozeirão de Auerbach e sua guitarra afiada, ao acompanhamento afinado da bateria de Carney e, muito também, pelas composições bem sacadas. As músicas transitam pelos rockões básicos, como na fantástica “I Got Mine”, com um riff que remete a "Manic Depression", da lenda Jimi Hendrix, e na lenta e hipnótica “Psychotic Girl”, com um piano e coros pra lá de sensuais, ou enveredam pelo blues rasgado, como na linda “Lies” e pelo country sofisticado em “Remember When (Side A)”.

Tudo isso, me fez acreditar que Attack & Release e seus acertos é um dos grandes álbuns do ano até este maio. Para figurar no meu Top 10. Sem pestanejar.

Confira:

Volta triunfal

A britânica e pouco conhecida no Brasil James sempre foi uma das minhas bandas preferidas. Isso desde meados dos anos 90 quando ouvi o fabuloso Laid(1993). E os caras de Manchester, que chegaram a abrir shows do The Smiths, tinham tudo para cair no gosto popular, caso a carreira não fosse marcada pela instabilidade dos álbuns lançados.

Quando ainda tentavam subir à tona e ganhar oxigênio no final da década passada, eles sucumbiram ao tentar tirar uma casquinha da onda eletrônica, patinando numa entressafra criativa, lançando o pífio Milionaires(1999) e o subestimado Pleased to Meet You(2001). A banda tirou umas longas férias, para voltar sete anos depois com o rejuvenescedor Hey Ma(2008).

Hey Ma, que causou polêmica por trazer na capa uma criança pronta para brincar com uma arma, é um retorno de James aos bons tempos de Laid. Eles trouxeram de volta melodias criativas, arranjos fortes e a variação sonora que pontuaram seus melhores momentos. “Bubbles”, por exemplo, com seu crescendo apoteótico pode figurar entre as melhores já feitas pelo grupo. “Hey Ma”, um pesado libelo contra a guerra chama atenção pelo refrão e seu coro majestoso. “Ei mãezinha, os garotos estão voltando pra casa em sacos e aos pedaços”, bombardeiam.

“Oh My Heart” é outra que revela uma banda inspiração, com uma grande melodia e a guitarra mais comportada fazendo o contraponto da bateria nervosa. Destaque também para “Of Monsters & Heroes & Men”, introduzida por cordas esquizofrênicas que ganha uma costura suntuosa de piano e trompete. Enfim, com Hey Ma, James volta para deixar claro que tem ainda muita lenha pra queimar. Sorte nossa.

Experimente sem medo:

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ou

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Cotação: 4

terça-feira, 20 de maio de 2008

Saborosa despretensão

A despretensão é uma das grandes companheiras da fluidez, pelo menos no que diz respeito à música. Desencanados, os ingleses do The Wave Pictures chegam ao segundo álbum, Instant Coffee Baby(2008) com uma proposta clara e objetiva: tocar indie-pop com um jeitão vintage e sem frescura, privilegiando o instrumental básico: guitarra, baixo e bateria. E não fazem feio.

O despojamento de David Tattersall(voz e guitarra), Johnny Helm(bateria) e Franic Rozychi(baixo) rendem deliciosas canções, no sentido mais direto da palavra, com bons refrões e um apelo pop indiscutível. No terreno da criação situado entre The Smiths, Modern Lovers e Hefner, o power trio acerta na mosca na suingada “I Love you Like a Madman”, com direito a metais sinuosos, e nas bacanérrimas “Kiss Me” e “Cassius Clay”.

Vale reparar ainda no coro retrô da boa “Friday Night In Loughborough”, mas principalmente na guitarra vigorosa de Tattersall, que ganha generoso espaço em praticamente todas as composições, além da voz largada do mesmo, que chega a lembrar um pouco a de Brett Anderson, do inesquecível Suede. Os meninos de Leicertershire ainda vão dar o que falar. Agora, é só esperar a próxima jogada.

Anime-se:

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Identidade própria

Os ingleses do Elbow aqui e ali são comparados ao Radiohead de início de carreira (leia-se Pablo Honey e The Bends). Tudo em função da devoção confessa do vocalista e líder da banda Guy Garvey pelos conterrâneos. Mas, nada que amarre o grupo negativamente a essa “sombra”, como pode ser percebido no muito interessante The Seldom Seen Kid(2008), inspirado trabalho dessa moçada de Manchester.

Os ecos da influência não são assim tão visíveis neste quarto álbum do Elbow. A banda tem talento suficiente para criar sua própria identidade musical. E ganha cada vez mais terreno com seu dream pop, estilo marcado por sons mais etéreos. Se é possível enxergar um pouco de Radiohead na linda “The Loneliness of a Tower Crane Driver” ou estilhaços de Muse na envolvente “The Bones of You”, The Seldom Seen Kid vai muito além das meras referências.

Há intensidade e alguma dramaticidade, sem derrapar no exagero, nas boas “Friends of Ours” e “Starlings”, com orquestração de cordas precisas, coros bem engendrados e a voz grave de Garvey. Em um outro momento do disco, numa levada mais pop e com arranjos sofisticados, “An Audience with the Pope” e “Fix” mostram ousadia. No meio do caminho, “Grounds for Divorce”, música de trabalho do álbum, mostra equilíbrio e qualidade que ajudam a colocar o CD entre os bons lançamentos do ano.

Para ouvir, vá em(novo link):

http://sharebee.com/fc947683

Cotação: 5

Competência de sempre

Algumas bandas ficam no Olimpo de nossa memória, no rastro da simpatia provocada pela primeira audição. Um desses casos clássicos para mim é o American Music Club. Na praia indie do sadcore e do folk, esses californianos construíram uma carreira sólida, com discos que mantiveram uma grande média de qualidade e geraram culto entre a galera mais antenada.

Mais do mesmo é The Golden Age(2008). Lançado recentemente, esse trabalho traz o AMC confortável no que sabe fazer muito bem: melodias competentes e suaves com muito violão dedilhado e um fio de melacolia, nada acachapante diga-se de passagem, que perpassa, na verdade, toda a obra do grupo.

Mesmo sem a inspiração de discos como Everclear(1991) e Mercury(1993), para mim o ápice da trajetória da banda, The Golden Age é muito digno e com certeza não desagradará aos fãs. Baladaças como “All my Love” e “The Stars”, usando uma expressão barroca, cala fundo na alma, e a mais ensolarada “Decibels and the Little Pills” estão entre as melhores criações da banda. E o que é melhor, amparadas pela maturidade de Mark Eitzel, e sua voz marcante, e os outros corretos músicos da AMC.

Delicie-se:

http://www.shareonall.com/jbmzk020_npsy.zip

Cotação: 4

domingo, 18 de maio de 2008

dEUS existe

Encontrei dEUS em um sebo. Resolvi encarar pelo aspecto despojado de sua apresentação e também porque gosto do desafio de me ver diante de novas situações. E dEUS não me decepcionou com seu gosto pela experimentação e por ser uma antítese da caretice. Descobri depois que dEUS era belga e tinha nascido na Antuérpia. Depois da boa impressão, contudo perdi o contato com dEUS. Isso foi em 2002.

Em 2008 vi que dEUS existe. Mais pop como o papa, mas ainda com o dom de impressionar. Meu primeiro contato com ele foi através do disco In a Bar, Under the Sea (1997), que ía da ótima "Little Arithmetics" que casava doçura a guitarras pesadas com admirável equilíbrio, ao barulho e estranheza das cabeçudas "Theme from Turnpike" e "Gimme the Heat", com muita microfonia e algum atonalismo. Doido esse dEUS, pensei.

E eis que me deparo com Vantage Point(2008), disco desse grupo de indie rock belga que lança o segundo trabalho seguido (o anterior é Pocket Revolution, de 2006) depois de sete anos de confinamento. Um bom reencontro. Tom Barman(vocal, guitarra) e sua trupe estão mais mansos, mas demonstram vigor e boas pegadas num disco marcado pela engenhosidade dos arranjos. E o som começa empolgante e dançante com "When She Comes Down", com riffs bacanas de guitarra e segue com a mais pesada e não menos elétrica "Oh Your God".

Mas, a coisa esquenta mesmo e mostra o reconhecido e cultuado talento de dEUS nas densas e vibrantes "Slow" e "The Architect". Essas duas já garantiriam o prazer de escutar dEUS em sua errática mas sempre criteriosa, segundo a crítica, carreira. Vantage Point foi uma das gratas audições desse 2008 que já está meiando sua vida se mostrando generoso para nossos ouvidos.

Siga a pista:

http://sharebee.com/afdeb6b3

Cotação: 4

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Retrô pretensioso

Meu amigo Wagner Marataizes sugeriu que eu escutasse uma banda chamada MGMT, abreviatura da expressão “Management”, que acabou de lançar um disco chamado Oracular Spectacular. Como confio na sensibilidade de meu velho parceiro, um dos caras que mais entendem de música no DF, principalmente rock indie e afins, fui na cola. O som, contudo, não me deu lá aquele tesão.

Tudo bem que Ben Goldwasser e Andrew Van Wyngarden, os pais da criança, até que se esforçaram para fazer um mix envolvente de electro-rock e psicodelia, com clara inspiração nos anos 60 e 70 e na art noise. Trouxeram toda a carga de referências apreendidas no curso de arte da universidade de Connecticut(EUA), onde se conheceram. Mas, o resultado é, no meu humilde entendimento, uma música pretensiosa que muitas vezes beira ao chato.

O duo, que virou hype (perdão por essa encardida expressão) entre a moçada cabeça das universidades norte-americanas, abusam de sintetizadores em suas criações, encharcando sua estréia fonográfica de um cansativo clima retrô. E até que eles começam bem com "4th Dimensional Transition", com sua bateria hipnótica e levada psicodélica. Mas, depois, tudo soa meio repetitivo, apesar dos arranjos poucos convencionais e bem engrenados. Mas, se sobram técnica e experimentação, falta alma em Oracular Spectacular, que dá o ar da graça na boa e reconfortante "Weekend Wars".

De boas intenções, já sabemos, o inferno está cheio. Mas eu, do alto da minha irremovível crença na humanidade e sua força renovadora, acredito que o MGMT ainda possa um dia conquistar o coração dos ouvintes pensantes. Potencial, o grupo tem. E afinal, não tenham dúvida, a antena do meu amigo Wagner é muito poderosa.

Plugue-se no link: http://www.badongo.com/file/7834035

Cotação: 2

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Tensão e beleza

Paraplégico desde os 18 anos, quando foi vítima de acidente de carro, o norte-americano Vic Chesnutt é um criador ímpar. Nele encaixa muito bem, como em poucos compositores e cantores, a expressão trovador. Parece que a dor do tragédia foi toda canalizada para uma criação musical repleta de beleza e, algumas vezes, angústia.

Lançado em 2007, North Star Deserter, seu décimo primeiro trabalho, mantem a coerência da obra de Chesnutt, assumidamente folk. Dessa vez, a melancolia e a poesia ganham reforço de um acompanhamento instrumental, com direito a cordas e sintetizadores que ampliam a atmosfera de rara tensão e beleza, marca definitiva do repertório do artista. Auxílio que diferencia esse disco de outros, nos quais se via o domínio da guitarra acústica do músico, como nos belos Little(1990) e West of Rome(1991)

Triste até a medula, North Star Deserter é para quem tem coração forte. Difícil não ficar tocado com a pungência de músicas como "Splendid", "Fodder on his Wings" e nas ótimas "Glossolalia", com arranjos de corda, e "Everything I Say" e suas guitarras distorcidas que só valorizam a climática e estupefaciente melodia. Se linke:

http://sharebee.com/5a102af1

Cotação: 4

Texanos de responsa

Bandas vem e vão e a grande maioria, pela extensão desse nosso mundo louco, não deixa rastros. Os blogs estão aí para nos chamar a atenção para algumas delas. Ouvi, What Doesn´t Kill Us(2008), o segundo disco do grupo What Made Milwaukee Famous, banda formada em 2003 no Texas(EUA), e gostei. Power pop de responsa, os garotos se apóiam em melodias competentes e vocais afinados.

Garageiros em alguns momentos, esses legítimos representantes do bom indie rock fazem um som honesto e grudento. Para quem gosta de composições ligeiras e assobiáveis. A música “Resistance St.” é uma das mais belas e intensas que ouvi entre as compostas pelas novas bandas que conheci e deixaram saldo positivo este ano. Essa galera tem talento e vale a pena dar uma escutada.

Siga o link abaixo e me diga se estou sendo generoso demais:

http://sharebee.com/f725b6b7

Cotação: 3

Renascimento vermelho

Weezer é aquele grupo que tinha tudo para se tornar um U2 da vida, com grande público, referência para as bandas e incensado pela crítica. O som garageiro, as letras desencanadas, a energia pura do rock estavam ali concentrados no primeiro trabalho, “o de capa azul”, de 1994.

O debut era um disco arrebatador, clássico que inspirou centenas de bandas, mas a galera californiana não saiu do território das boas bandas incompreendidas pela massa. O segundo, Pinkerton(1996), trazia um pouco do brilho do antecessor, mas sem a mesma inspiração. E aí vieram o de capa verde(2001) e Maladroit(2002), que não chegaram a empolgar tanto.

Está saindo agora o de capa vermelha, depois do fraco Make Believe(2005), intitulado simplesmente Red, que, 14 anos depois do primeiro, traz o Weezer retomando as boas idéias e a eletricidade de sua obra-prima. Dúvidas? Escute a seqüência matadora com “The Greatest Man that ever Lived” e “Pork and Beans”. Curto (o disco tem apenas 32 minutos) e grosso e bom, muito bom, Red chegou para marcar a história do grupo. Os fãs agradecem de coração.

Ouça o disco no (novo) link:

http://rapidshare.com/files/119711042/sonzeirananet_w_2008_wtralbum.rar

Cotação: 4

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Devoção ao Devotchka


Salve salve a miscigenação oxigenadora. Para quem gosta das musicas dos balcãs, que inspirou bandas como Móveis Coloniais de Acajú, uma boa pedida é o Devotchka. Com seu vozeirão grave, o vocalista da banda, Nick Urata, apoiado num instrumental que vai de acordeon a trombones e saxofones, canta lindas melodias. Segue a linha do cultuado Gogol Bordello. O quarto disco da banda A Mad & Faithfull Telling é um achado e, para mim, o melhor de todos. Boa audição. Segue o link emprestado do blog indienation:

http://www.mediafire.com/?etzxycwnw0i

Cotação: 4

Novo NIN


O Nine Inch Nails é uma banda de um homem só, o norte-americano Trent Reznor, realmente surpreendente. Profícua nos últimos anos, a banda lançou recentemente seu novo CD, The Slip, depois do lançamento do chato Ghosts I-IV. Climático e "espacial", o NIN faz um disco sem surpresas e dispensável. Mais do mesmo para os aficcionados. Para quem quiser baixar de graça The Slip, a banda dipsonibilizou o link:


Cotação: 2

No princípio era a música

O primeiro som, depois do primeiro silêncio, apareceu para moldar o ouvido. Som do mundo, com seus diversos timbres e volumes, criando um repertório tão variado que só poderia mesmo redundar em música. E a música e suas redundâncias se instalou nos ouvidos do homem para salvá-lo da loucura. É, os filósofos de plantão estão certos: só a música salva.