Nossos pobres ouvidos não estão muito acostumados a experimentações sonoras. Esse universo musical, infelizmente, fica restrito a um público que tem uma bagagem que passa, só como exemplos, pela erudição de Bach e Bruckner e a modernidade de Bartok e John Cage. Os europeus, com sua milenar história, não estranham os exercícios pouco convencionais que alguns grupos do post-rock(expressão ussada para tudo que se faz de esquisito nessa área) realizam.
Uma banda emblemática desse segmento é a dinamarquesa Efterklang. Esse coletivo cabeçudo nascido criado em Copenhaguen, lançaram recentemente o álbum Parades(2007), o terceiro da carreira. É um trabalho denso, para ouvidos que gostam de um bom desafio. Ai você pensa: a tradução disso é mais um disco chato de doer. Na verdade, a audição desse trabalho depende de uma boa dose de paciência.
Com muita calma você poderá sentir a beleza de Parades. São onze canções etéreas, viajandonas, camerísticas. O coletivo está sempre acompanhado de instrumentos poucos usuais no mundo pop, como cello, trompete, violinos, tambores para criar uma cama sonora que ousa nas tonalidades e arranjos para chegara uma música espiritual, quase celestial. Para isso, se apóiam ainda em camadas de coros com vozes masculinas e femininas bem departamentalizadas e que fazem de músicas de nomes diferentes como “Frida Found a Friend”, “Him Poe Poe” e “Mimeo” pequenos pérolas.
Para começar de leve, vá primeiro de “Cutting Ice to Snow” e “Polygyne”. Músicas delicadas para se elevar.
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Cotação: 3
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