quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O ano em que os velhinhos mandaram bem

Eis mais um fim de ano, e, antes que o mundo acabe ou acabemos com ele, escrevo minha tradicional lista dos melhores álbuns que ouvi neste estranho 2012. Começando com a lista dos gringos. Musicalmente, nada me provocou espasmos de tesão e olhe que sempre fico esperançoso com essa possibilidade, já que acredito na criatividade e inventividade dos homens. Mas, que minha estúpida memória aponte-me , nenhuma novidade  fez vibrar os sentidos. Talvez, mea culpa, por ter ouvidos menos discos que gostaria nesse ano de eleições e por ter tomado decisões radicas em minha vida. É que, às vezes, somos escravos das contingências e nos deixamos levar, burramente passivos, por elas. Mas, na minha lista pessoal de audição ficou o rastro do retorno triunfal de algumas lendas da música, como os castigados pelo tempo, mas fustigados pela arte, Leonard Cohen  e Bobby Womack(foto). Os velhinhos mandaram bem. Na lista dos melhores das revistas especializadas em música mais renomadas, estão ainda os álbuns mais recentes de outros dinossauros como o xerife Bruce Springsteen e os bardos Bob Dylan e Neil Young , reforçando o rol da "volta dos que não foram". Infelizmente, esses aí ainda não ouvi. Segue assim minha claudicante e falha lista dos melhores CDs internacionais do ano. Promete aos meus ralos leitores melhores em 2013. Que ele seja cheio de música para todos.


Old Ideas, Leonard Cohen - As velhas idéias, quando boas, sempre causam impacto e reconforto. Aos 77 anos, o autor de "Suzanne" e "Hallelujah", entre tantos outros clássicos do cancioneiro rocker, brindou os fãs com um álbum espetacular, denso e intenso, daqueles de ouvir de joelhos. Um verdadeiro acontecimento.

Fique mais perto de Cohen: http://www.leonardcohen.com/



The Bravest Man in the Universe, Bobby Womack - Outro sobrevivente da música mostrando que preservou o talento apesar do peso de seus 68 anos e do consumo desvairado de muitas drogas. O disco é de uma sinceridade desconcertante. A voz rouca do cantor, as canções confessionais, os arranjos inteligências, tudo isso faz do álbum uma tardia obra-prima.


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Moms, Menomena - A banda de Portland,  EUA, exercita sua sonoridade esperta e próxima do experimental dessa vez rondando a simplicidade. Esses insatisfeitos de carteirinha aproximam-se do pop, mas nem tanto, mantendo aquela estranheza e beleza que ajudou a criar fãs em todo o mundo. Afiada, Menomena ofereceu-nos um prato raro pra degustação.
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Heaven, The Walkmen - Essa é uma das bandas indies mais queridas do planeta. Provavelmente por sua constância e qualidade musical. O trabalho de 2012, o sétimo da carreira, é um refino da arte melódica e hipnótica dessa consistente galera. "We Can't Be Beat" e "Southern Heart" são apenas dois exemplos de um jeito manso  de conquistar o mundo.

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Coexist, The XX - O som do duo deixou de ser novidade. Meio que se repete a qualidade do primeiro e excelente álbum. Sem problemas. Sensualidade e delicadeza pouca é bobagem para essa dupla que toca nossos corações e sexo com muita habilidade. Massagem profissional feita nos ouvidos, o segundo trabalho do The XX é elegância pura.
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Adventures in your Own Backyard, Patrick Watson - Esse foi o disco que mais me acalmou em horas de estresses enervantes. Delicado e sutil, o álbum desacelera a alma e nos deixa enlevados, a ver estrelas. O canadense Watson continua a linhagem, num tom abaixo mas poético do mesmo jeito, de gente como Leonard Cohen e Joni Mitchell. De cabeceira.
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Nootropics, Lower Dens - Logo de cara, "Alfhabet Song", a primeira canção do álbum, deixa a gente ensimesmado. Com ecos de Radiohead, a música entrega uma banda viajandona e cheia de bons achados. Com muitos detalhes e alguma dose de experimentalismo, o segundo trabalho do Lower Dens foi para mim, uma das boas surpresas do ano. Vale ouvir.
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The Shallows, iLiKETRAiNS - A banda inglesa, já recorrente nas rodas indies, retornou com um disco que junta batidas eletrônicas e cordas de uma maneira tão ensolarada que é difícil não se prender instantaneamente à obra. É uma retomada em nova fase, vigorosa e competente, desse ótimo grupo. Não é música fácil, mas recompensa o ouvinte que tente explorá-la.

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Celebration Rock, Japandroids - O álbum é o que o seu título sugere, uma celebração do rock. Ligeiro, urgente, é um disco roqueiro por excelência, desses que todos anos surgem para incendiar pistas. Poucas notas , poucos minutos de duração e muita energia. A guitarra e as vozes nervosas de Brian King e David Prowse, a dupla barulhenta de Vancouver, garantem um disco super alto astral.
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The Idler Wheel is Wiser than the Driver of the Screw and Whipping Cords will Serve you more than Ropes will Ever do, Fiona Apple - Desde Tidal(1996), tenho uma queda por Fiona Apple. Como uma Suzanne Vega enlouquecida, a cantora sempre destilou sua agridoce poesia em melodias pungentes. Depois de algumas derrapadas, ela voltou lúcida e incandescente neste álbum de título quilométrico, como quilométrica é a beleza do mesmo.

Fiona sem Schrek: http://depositfiles.com/files/ftutzq9hz

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