sábado, 16 de agosto de 2008

White Stripes ao contrário

Kleber Rocir – Especial para o Todoouvido

Quando estava garimpando na net algo para postar no Todoouvido me deparei com o Blood Red Shoes, banda inglesa que lançou em abril de 2008 seu primeiro disco, Box of Secrets. De imediato fiquei curioso com os comentários de que a banda era um “White Stripes ao contrário”, no caso uma mulher na guitarra/vocal (a gata Laura-Mary Carter) e um homem na bateria, Steven Ansell, que reveza os vocais com a beldade citada.

As comparações com os Stripes se restringem à troca de posições dos músicos – e isso faz toda a diferença: Ansell marca o ritmo das músicas, tocando sua bateria rápido e forte, algo inimaginável para a fraquinha Meg, batera dos Stripes. É só ouvir a pulsante “I Wish I Was Someone Better” (a melhor do álbum) e a ótima “Its Getting Boring By The Sea”, ambas prontinhas pra animar uma festa. Na guitarra, Laura não tem os dedos virtuosos do líder dos Stripes, Jack White, mas completa direitinho o som que o Blood Red Shoes se propõe a fazer: um indie-rock vibrante, sem baladas.

A única ressalva a fazer é quanto ao final de algumas músicas: a esperta “You Bring Me Down” e a bacana “Take The Weight” poderiam ser mais enxutas nos vocais, que acabam ficando enjoativos e chateiam um pouco no final. Já em “ADHD”, Laura poderia gritar um pouco menos - coisa que ela não faz em “This Is Not For You”, e deixa o vocal mais suave. Mas, é provável que isso seja preciosismo de minha parte, pois no geral a dupla inglesa fez uma boa estréia. Aliás, uma curiosidade sobre o nome da banda, que foi tirado de um musical de Ginger Rogers e Fred Astaire: nele, Rogers torna um par de sapatos brancos em vermelho, com sangue, resultado de sua constante prática da dança. Então, que tal ver se os Blood Red Shoes fazem jus ao nome?


http://www.mediafire.com//?sharekey=10264b26e89b42d6ab1eab3e9fa335ca67ba8cfd3ec86006

Cotação: 3

2 comentários:

DR.TÍMPANO - BSB/DF disse...

Belo texto Krebão! Legal a dica do Blood Red Shoes. Não conheço, mas fiquei instigado para ouvir. A Inglaterra sempre foi um ótimo celereiro de bandas interessantes. E valeu pela grande força de estar agitando este blog com uma crítica de qualidade!

Krebão disse...

Valeu, cara! O négócio agora é continuar e melhorar!
Krebão