segunda-feira, 9 de junho de 2008

Expressiva maturidade

The Zutons já foi considerada a melhor banda dos últimos tempos da última semana (copyright by Titãs) quando estreou, em 2004, com Who Killed the Zutons? Excesso típico da imprensa inglesa. Apesar do animado disco, os cinco músicos de Liverpool não chegaram a conquistar o mundo, como os conterrâneos mais famosos, os ícones Beatles, mas deixaram uma boa impressão.

No bom álbum seguinte, Tired Of Hanging Around(2006), o grupo manteve a chama acessa e o clima reforçado do rockão anos 70 e 80 que a banda sempre cultivou, dando um passo adiante. Influenciados por Kinks, Devo e Talking Heads, essa turma amadurece definitivamente e volta a destilar a mistura de rock básico, blues, soul, folk e indie na terceira cria, o recém-lançado You can do Anything (2008), um álbum cheio de gás e canções arrasa-quarteirão.

Pra quem curte o rock com equações musicais simples, o disco é uma bela lição. Desde a primeira música, “Harder and Harder”, cujo título traduz o espírito da mesma, The Zutons diz ao que veio, com seus solos de guitarras matadores, e melodias grudentas. “What’s your Problem” chega a seu um rock pueril de tão direto com sua alma setentista e “You Cold Make The Four Walls Cry”, com pitadas de black music, jogam o ouvinte numa outra e deliciosa época da história do rock’n’roll. Escute com atenção a guitarra endiabrada e a voz afinadíssima do vocalista Dave McCabe em "Family of Leetches", uma das grandes canções do trabalho e o saxofone correto de Abi Harding em quase todas as faixas.

E se você acha que um bom disco de rock não pode passar sem uma boa balada, The Zutons nos presenteia com a fantástica e climática “Dirty Rat”, uma das mais inspirada que já ouvi este ano. Aliás, este You can do Anything já é um dos melhores álbuns de rock de 2008 na minha humilde concepção.

Pra ouvir, experimente:

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